Exu é o orixá da comunicação, da paciência, da ordem e da disciplina. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èșù, em iorubá, significa ‘esfera’, e Exu é o orixá do movimento. Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun (o mundo espiritual) e o Aiye (o mundo material) seja plenamente realizada.
Os Exus são, portanto, Orixás mensageiros porque transitam entre os planos e fazem a ponte entre o humano e o divino.
A denominação Exu pode ser aplicada tanto a espíritos masculinos, como femininos. Exus femininos, no entanto, também são designados como Pombajiras. São entidades conhecidas como povo da rua. Existe muito preconceito contra os Exús porque eles foram sincretizados com a figura do Diabo. É importante deixar claro que os Exús não têm absolutamente nada a ver com o Diabo cristão e com o mal. Pelo contrário.
Na Umbanda, Exús são espíritos de pessoas que já foram encarnadas, que nasceram e morreram na Terra. Eles conheceram o mal e o apego à matéria durante uma ou mais encarnações, mas aprenderam e se transformaram, passando a trabalhar apenas para a Luz. Sendo assim, nada mais indicado do que um Exu para cuidar das questões cármicas mais sérias e materiais dos homens e para protegê-los daqueles que ainda não decidiram caminhar nos caminhos da luz. São seres, portanto, que trabalham em nome do Bem e que possuem a capacidade de transitar entre os diversos planos da criação, tanto os mais elevados quanto os mais atrasados. É justamente por possuírem essa capacidade que os Exus podem realizar um importante trabalho de resgate com espíritos que se encontram confusos e perdidos.
Na mitologia Iorubá, Exú não foi convidado para uma festa dos Orixás e, descontente, começou a comer o mundo inteiro: animais, plantas, tudo. Oxalá pediu desculpas a Exú e todos os Orixás prometeram que, em todas as festas, Exú seria o primeiro a ser comunicado e convidado. É por isso que, antes de qualquer trabalho espiritual, pedimos licença antes de tudo aos Exús. Laroyê!
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