Oxum

Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Força dos rios que correm sempre para a frente nutrindo a vida, matando a sede. Orixá da prosperidade, da beleza, da riqueza espiritual e do amor incondicional. Pertence à 2° Linha, Trono irradiador do Amor Divino, juntamente com Pai Oxumarè, Ele Fator Cósmico (equilibra as emoções), Ela Fator Universal (irradia o amor). Seu nome deriva do rio Osún, que corre em Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu.

Mãe amorosa, nos banha com sua delicadeza e intercede por nós em todas as situações onde os sentimentos precisam ser serenados como águas tranquilas. Zela pelas crianças, desde o ato da concepção até que adquiram certa independência.

De acordo com a mitologia Iorubá, Oxum foi concebida por Iemanjá e Orunmilá (Orixá da profecia). Conta-se que um dia Orunmilá saiu de seu palácio para dar um passeio com seu cortejo, quando deparou com outro, do qual a figura principal era uma mulher de estrondosa beleza.  Orunmilá quis conhecer a bela moça e enviou Exú, seu mensageiro para descobrir de quem se tratava. Exú com toda reverência apresentou-se ante a mulher e disse-lhe que seu Senhor gostaria de conhecê-la e a esperava em seu palácio. A bela Senhora apresentou-se como Iemanjá, rainha das águas e esposa de Oxalá.

Iemanjá não atendeu ao convite de imediato, mas certo dia resolveu ir ao encontro de Orunmilá, de quem engravidou dando-lhe uma linda menina. Como Iemanjá tinha vários filhos com Oxalá, Orunmilá enviou Exu para tirar a prova se de fato a menina era sua filha. Se ela apresentasse alguma marca, mancha ou caroço na cabeça não haveria mais dúvidas de sua paternidade. Após a comprovação, Exú levou a criança, que fora criada pelo pai, satisfazendo todos os seus caprichos e desejos. Dessa forma Oxum se torna uma linda e vaidosa moça.

“É através de seu abebé, espelho de duas faces que Oxum toma consciência de sua sensualidade. Ao ver sua imagem refletida, a consciência de si nasce. Entretanto, o espelho serve também de escudo e arma que pode cegar ou aprisionar com seu reflexo”.

Saudação: Ora Yêyê Ô! (Salve a benevolente Mãezinha)

Data comemorativa: 8 de dezembro

Sincretismo: Nossa da Conceição

Cores: Dourado ou azul escuro

Pedras: Topázio (amarelo e azul)

Metal: Cobre e ouro

Ferramenta: Abebé dourado com espelho

Pontos de força: Rios e Cachoeiras

Texto: Márcia Villaça

Livro: Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi

Tese: de Juliana Leandro de Araújo: file:///D:/Downloads/000902309.pdf

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