Tipos de Manifestação Mediúnica

30 de April de 2018 0 By Grupo Celebração

No Grupo Celebração, nós realizamos rituais de “banca aberta”. Isso significa que os participantes estão autorizados a dar passagem a manifestações mediúnicas dentro do salão. Por esse motivo, é fundamental que os participantes se informem ao máximo sobre temas espiritualistas que contribuam com seu desenvolvimento mediúnico.

Uma das questões que mais surgem entre os médiuns de incorporação iniciantes é sobre a veracidade das manifestações, tanto as próprias quanto as de outros participantes. A pessoa se questiona até que ponto a incorporação está ocorrendo por influência real de um espírito ou entidade. Afinal, durante o fenômeno, a pessoa em geral “ouvia tudo”, “via tudo”. Não seria então pura “imaginação” ou “representação”?

Só mesmo o estudo e a prática podem tornar o médium mais seguro sobre a realidade de suas incorporações e canalizações e, neste post, vamos falar sobre alguns pontos básicos dessa questão.

Em primeiro lugar, é importante saber que existem três graus diferentes de manifestação mediúnica.

Nas MANIFESTAÇÕES MECÂNICAS, a entidade “domina” totalmente o aparelho (corpo físico, mental e emocional) do médium. O médium perde a consciência e age segundo a vontade do espírito comunicante. Ao final do fenômeno, o médium não se lembra de nada do que ocorreu, do que falou ou como se movimentou. Importante ressaltar que esse tipo de mediunismo não é o mais recomendado.

Médiuns equilibrados e “afinados” não permitem que nenhuma entidade os domine de forma total. Como costumamos dizer, o médium deve ser “dono de sua casa (consciência)”, tendo sempre domínio suficiente para controlar quem nela recebe. Ele deve manter seu livre arbítrio desperto a ponto de interromper a incorporação ou contato mediúnico imediatamente nos casos em que considere a manifestação equivocada ou de algum modo agressiva.

As MANIFESTAÇÕES SEMI-MECÂNICAS são mais adequadas e devem ser consideradas o melhor modelo para os médiuns em desenvolvimento. Nesse tipo de incorporação, o espírito ou entidade induz o médium a agir, mas a consciência do médium é preservada como que “em segundo plano”, lúcida a ponto de discernir se a manifestação é bem-vinda e até quando deve durar. Digamos que existe, nesse tipo de manifestação, uma harmônica parceria entre médium e entidade comunicante.

Finalmente, existem MANIFESTAÇÕES INSPIRADAS, também bem-vindas nos rituais. Nesses casos, o médium age, dançando por exemplo, levado por uma intuição, um sentimento que vem de outras esferas. Costumam ser manifestações leves, conduzidas com maior controle pelo médium que as manifesta.

Importante perceber que, nos dois tipos de manifestação mediúnica mais adequados aos trabalhos espirituais, a consciência do médium permanece desperta durante o fenômeno, num estado de ligação e cooperação com a entidade ou espírito.

Não há nada de errado, portanto, no fato do médium “ver”, “ouvir”, “saber o que está ocorrendo” durante as incorporações. Muito pelo contrário.

Entretanto é necessário que exista real influência do espírito ou entidade comunicante, formando a “parceria” com o médium. Caso contrário, caímos sim numa pura pantomima ou representação vazia de real significado espiritual, numa MISTIFICAÇÃO.